Da Senzala( Cruz e Sousa )




De dentro da senzala escura e lamacenta

Aonde o infeliz

De lágrimas em fel, de ódio se alimenta

Tornando meretriz

 

A alma que ele tinha, ovante, imaculada

Alegre e sem rancor,

Porém que foi aos poucos sendo transformada

Aos vivos do estertor. . .

 

De dentro da senzala

Aonde o crime é rei, e a dor - crânios abala

Em ímpeto ferino; ­

 

Não pode sair, não,

Um homem de trabalho, um senso, uma razão. . .

e sim um assassino!



POEMA DE CRUZ E SOUSA 



Comentários

  1. Magnifico o poema e parabéns por ressuscitar esses imortais.

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  2. Poema que ainda é muito atual, pois parece que existe uma senzala mental em algumas pessoas, que ainda persiste oprimir nossos irmão afrodescendentes.

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  3. Domingo vou lá no Maracanã10 de fevereiro de 2022 às 03:04

    Não conhecia Cruz e Souza, porém bem interessante esse poema.

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  4. Já está a entediar esses comentarista sobre racismo, pois só se fala nisso. Sou contra o racismo e sou a favor que deve-se falar, porém esse tema já vou muito debatido, agora crie outro poema amigo.

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  5. Está sem criatividade em... kkkkkk

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    1. Não estou, porém achei interessante compartilhar um poema de um imortal.

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  6. Um poema bem complexo em sua formação e fantástico em seu teor. Parabéns por ressuscitar os imortais.

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  7. Nunca iremos se cansar de temas relevantes.

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  8. Continua com seus poemas, não gostou é só não lê.

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  9. Tem muitos que criticam, mas não fica um único dia sem comentar HAHAHAHAHA

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  10. Um poema muito atual, pois ainda hoje existe à senzala.

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  11. Poema fascinante. Não conheço o autor, porém gostei.

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  12. Poema que nos permiti ter uma visão mais ampla do que é uma senzala.

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    1. Tem vários autores que buscam relatar o cotidiano de uma senzala e vale à pena ler para ampliar nosso horizonte.

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  13. Não pode sair, não,

    Um homem de trabalho, um senso, uma razão. . .

    e sim um assassino!


    Esse trecho também resumi nossas penitenciárias, pois uma cadeia que só serve para alimentar mais criminosos e não reeducar os infratores.

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    1. Bela alusão, nossas penitenciarias são uma escola do crime.

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