Da Senzala( Cruz e Sousa )
De dentro da senzala escura e lamacenta Aonde o infeliz De lágrimas em fel, de ódio se alimenta Tornando meretriz A alma que ele tinha, ovante, imaculada Alegre e sem rancor, Porém que foi aos poucos sendo transformada Aos vivos do estertor. . . De dentro da senzala Aonde o crime é rei, e a dor - crânios abala Em ímpeto ferino; Não pode sair, não, Um homem de trabalho, um senso, uma razão. . . e sim um assassino! POEMA DE CRUZ E SOUSA