O escritor

  O doutor não tem bravura, Fica de indireta e sempre mantendo sua postura, Aparentemente parece uma belezura, O sujeito parece até uma santa figura, A rasura o causa uma fissura, Por fora uma fofura e de grande ternura, O doutor de perto é pura amargura, O preço da indireta é uma alta fatura, Paga com fofoca de toda a criatura, E por dentro é pura feiura e muita loucura.  

  A democracia assassinada e violentada, Com agressividade e muita brutalidade, Sem igualdade e muita adversidade, Talibã leva a enfermidade e ausência de sanidade.   Lugar de mulher é na escola, Lugar de mulher é no trabalho, Lugar de mulher é na votação, Com ativa participação e contrária a opressão.   A homogeneização da sociedade me causa depressão, Todo mundo barbudo e sem expressão, A deturpação da religião não é culpa do Alcorão, E sim do cão que prega a destruição 

  As pequeninas são destemidas, A união o faz uma legião que é um bolão, O Policarpo com violência e com potência as massacrou, O coitado acha que com isso as ganhou.   O ataque não ficou barato e com aparato essa se vingou, Com um exercito digno de Xerxes essa o atacou, As pequeninas não pouparam nada, Limparam toda a laranjeira, Mas sem deixar nenhuma sujeira.   A batalha lendária não é nada solidaria, As formigas são adversárias poderosas e nada generosas, Com uma tropa ilimitada essas lançam sua empreitada, As saúvas devem ser respeitadas e não irritadas, Pois são despeitadas e extremamente agitadas.                  

General Albernaz nada faz e só perfaz as ordens militares, Com sua patente elevada e uma ação entrevada,  Nunca participou da ação e só tem a patente como ostentação, Quantos Albernaz só se faz graças ao efeito estupefaz?   General meramente por patente é algo bem inconveniente, Devemos servir bem contente e com sorriso nos dentes, Não devemos ser resistentes e sim um bom penitente.   Albernaz se ausentou da guerra e nunca experimentou, Argumentou com voz mansa que se adoentou, Romantizou a guerra, Porém esse nunca provou.   Devemos entregar nossas vidas à mãe pátria, Morremos pelo grande Albernaz e louvemos, Cultivemos o patriotismo do grande general, Porém esse não participa da batalha e sim a gentalha.            

Com autoritarismo na voz e uma atitude feroz, O algoz é amigo do seu irmão o atroz, O algoz é inimigo da diversidade da voz, A voz antagônica também precisa de um porta-voz, Iremos erguer a voz e soltar um grito feroz.   Não estamos em tempos passados, Não seremos mais uma vez lesados, O tempo nos foi roubado e foi sendo abocanhado, Os antepassados tiveram seu futuro cessados, O futuro foi cessado pelos beneficiados.   Os beneficiados são os associados do novo infrator, Não seremos calados novamente pelo mesmo aliciador, Não seremos trancafiados pelo velho opressor, Os tempos são outros caro agressor.